Como criar uma empresa de Recuperação Tributária?

O empreendedorismo nunca foi tão fomentado quanto ultimamente, afinal ele tem se mostrado potente na geração de novos postos de trabalho. Segundo levantamento feito pelo Sebrae, empresas de pequeno porte geram 119 mil das mais de 157 mil vagas com carteira assinada. Agora, se está com dúvida em relação a área que deve atuar, aqui vai uma informação: a recuperação tributária se mostrou muito promissora nos últimos anos. No Brasil, cerca de 80% das empresas atuantes pagam os tributos incorretamente.

O critério para abertura de empresa de Recuperação Tributária não é diferente de qualquer outro tipo de negócio. Conforme a minha experiência com a Arte Fiscal, hoje vou passar alguns cuidados que deve ter para iniciar nesse setor. Se tiver todos os cuidados, garantimos que sua empresa irá prosperar por muitos e muitos anos. 

Por onde começar um negócio de Recuperação Tributária?

Na minha visão, antes de começar a trabalhar com Recuperação Tributária, você precisa estar tecnicamente capacitado para a função – já falamos sobre o assunto nesse artigo. Se curte estudar e explorar novas áreas de atuação, adquira conhecimento técnico por meio de cursos de qualificação específicos. 

O segundo passo é o investimento para o negócio. Surpreendentemente, por se tratar de um serviço que, inicialmente, pode ser realizado pelo próprio fundador da empresa – sem a necessidade de grandes equipes de operação – abrir um escritório de Recuperação Tributária não demanda um alto capital inicial.

Primeiramente, você precisará apenas de um bom computador e de horas disponíveis para dedicar a esse trabalho. Aconselho até a realizá-lo paralelamente com a sua atividade atual até que a sua empresa se torne rentável.

Se você põe esse modelo em dúvida, fique sabendo que comecei a Arte Fiscal exatamente dessa forma. Por ter um salário fixo garantido do trabalho CLT, todo dinheiro que ganhava com os projetos era reinvestido na empresa.

Consegui repetir esse processo ao longo dos anos. Uma vez que a empresa era rentável, construí uma estrutura para ela e passei a dedicar 100% do tempo a Arte Fiscal.

Bônus: Como conquistar seu primeiro cliente?

Vou te contar um segredo que irá mudar sua perspectiva do mercado: o contador que tem nicho vende MUITO mais. Você deve estar pensando ‘como isso é possível se, tecnicamente, vou reduzir a meu campo de atuação?’. Eu explico e você ficará de queixo caído.

Como já falei, anteriormente, quando comecei a AF eu atuava como Gestor de Tributos de uma empresa. Assim que comecei a atuar como autônomo, escolhi a companhia que trabalhava como CLT para ser meu primeiro cliente. Após algum tempo cuidando apenas da operação, decidi mudar meu mindset e tentar estratégias novas de prospecção. 

O método que adotei era identificar gargalos no negócio em questão e oferecer uma consultoria gratuita para solução do problema. Com o tempo de trabalho, além de solucionar o problema dele, as próprias empresas identificavam o valor do nosso serviço e nos contratavam para assumir toda a contabilidade do negócio – ou seja, conseguimos reverter uma consultoria gratuita em um trabalho recorrente.

Essa estratégia pode ser potencializada se você a utilizar em nichos específicos. Isso porque, se estudar uma fatia do mercado, entenderá melhor sobre o assunto e, principalmente, as dores que assolam o setor. Consequentemente, sua abordagem será mais assertiva e a sua credibilidade irá para as alturas.

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Anderson Souza

Com mais de 20 anos de experiência nas áreas de Gestão de Tributos, Planejamento Tributário e Recuperação Tributária, Anderson é contador, articulista do Portal Contábeis e fundador das empresas Arte Fiscal Consultoria Tributária e Equilíbrio Contábil.